Deputado paraibano surpreende com seu voto contra Temer

Deputado Wellington Roberto, do PR (Foto: Cofemac)

Votos pelo arquivamento da denúncia foram discretos e rápidos, ontem (2) na Câmara

O voto do deputado Wellington Roberto (PR) talvez seja o mais surpreendente entre aqueles proferidos pela bancada paraibana na Câmara Federal durante a votação que arquivou, ontem (2), a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Michel Temer por corrupção passiva.

Wellington Roberto contrariou o próprio partido, que havia fechado questão a favor de Temer, e disse não ao relatório do deputado Abi-Ackel Filho (PSDB-MG), que desqualificou as provas apresentadas pela PGR – com base na delação da JBS – contra o atual ocupante da Presidência da República.

Não satisfeito, dentro dos 15 segundos permitidos a cada parlamentar para pronunciar o voto, o deputado disse ainda que sua decisão era guiada pela vontade majoritária de seus eleitores na Paraíba e antecipou que votará contra a reforma da Previdência, por entender que o projeto do governo é prejudicial aos trabalhadores.

Pedro, Hugo, Vené…

Embora previsível, por defender o desembarque do seu partido do governo Temer, o voto do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) chamou a atenção do plenário pela forma concisa e contundente com que se manifestou. “A lei deveria valer para todos, mas, infelizmente, ainda não vale. Ainda que derrotado, voto sim à investigação e não ao relatório”, disse o parlamentar.

Não passou despercebida ainda o voto contido e rápido dos deputados paraibanos que defendem o governo Temer. Efraim Filho (DEM), por exemplo, limitou-se a um “Voto sim, com o relator”. Comportamento idêntico ao de Hugo Motta (PMDB), que falou um tímido “Voto sim, Senhor Presidente”, e de Rômulo Gouveia (PSD), que foi ligeiro de “Voto sim ao relatório, Senhor Presidente”.

Por último, não há como não registrar o modo como votou o deputado Veneziano Vital (PMDB). No melhor estilo venezianês, com toda a formalidade e cerimônia com que sempre fala, até mesmo em conversas informais, em vez de um simples não o deputado mandou ver assim: “Senhor Presidente, senhores e senhoras parlamentares, eu voto contrariamente ao relatório”.

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