Bananeirense de fato e de direito

Da esquerda para a direita, de pé para ouvir o Hino Nacional e o Hino de Bananeiras: Ramalho Leite, Ramom Moreira, Rubens, Douglas Andrade (presidente da Câmara), prefeito Douglas Lucena e vice-prefeito Guga Aragão

A Câmara Municipal de Bananeiras entregou na noite de sexta-feira (21) o título de Cidadão Bananeirense ao jornalista Rubens Nóbrega. Sob a presidência do vereador Douglas Andrade, presidente da Casa de Odon Bezerra, a sessão foi prestigiada por familiares e amigos do homenageado e autoridades.

Entre os presentes, pela ordem com que que ocuparam a tribuna do plenário para também homenagear Rubens, o ex-deputado Ramalho Leite, o vice-prefeito Guga Aragão, os vereadores Pedro Batista Filho e Kilson Dantas, o Professor Francisco Barreto, o Padre Mauro Ribeiro e o prefeito Douglas Lucena.

A série de pronunciamentos foi aberta pelo vereador Ramom Moreira, cujo discurso de saudação ao homenageado vai transcrito adiante. Ele é autor do projeto de lei aprovado à unanimidade pelos integrantes da legislatura passada que foi promulgado na forma do Decreto Legislativo nº 02/2016, de 1º de março de 2016.

Saudação ao novo Cidadão Bananeirense, por Ramom Moreira

A nossa legislação municipal nos permite conceder a cidadania bananeirense a quem tenha prestado relevantes serviços em prol do desenvolvimento social, econômico, esportivo e cultural bem como tenha realizado publicação de trabalho literário e/ou jornalístico que enalteçam os valores culturais, científicos, econômicos e sociais da nossa terra e que estabeleçam vínculos de interesse com o desenvolvimento do município de Bananeiras. Temos o dever de expor na mensagem do Decreto Legislativo que concederá a cidadania ao laureado argumentos que justifiquem a concessão da honraria.

Vereador Ramom Moreira

A enciclopédia livre da Internet, a Wikipédia, diz que “o Título de Cidadão equipara a pessoa homenageada a uma adoção oficial. A pessoa agraciada passa a ser um irmão, um conterrâneo, uma pessoa da terra natal. Mesmo que um homenageado não tenha nascido ou não resida no município, para que se lhe conceda tal homenagem, faz-se necessário que se diga o que ele (homenageado) fez, sem visar lucros, interesses pessoais ou profissionais, em defesa do povo do Município que lhe concedeu tal cidadania”.

Pois bem, aqui estamos hoje para entregarmos solenemente a Rubens José Barbosa da Nóbrega a cidadania bananeirense, após o plenário desta Augusta Casa, deliberar, tendo meus pares, na legislatura anterior, composta pelos vereadores Kilson Dantas, Antonio Marques, Marcelo Bezerra, Biu do Taboleiro, Gilson Rosário, Cristina Carvalho, Guga Aragão, Heraldo Azebedo, Douglas Búbú, Aline das Neves, após nossa iniciativa, aprovarem por unanimidade o reconhecimento e a concessão a quem de fato já era bananeirense. A nossa Casa Legislativa somente reconheceu de Direito essa condição.

Rubens viveu tempos auspiciosos nessa terra e, como bom bananeirense, lembra-se, após o correr de todo o tempo e da luta da vida, o cheiro da terra molhada de Bananeiras, da cor da grama, do capim e da copa das árvores que rodeavam a casa onde morou no Posto Agropecuário, que ficava no Campus III da UFPB/CAVN (Colégio Agrícola Vidal de Negreiros).

Jamais se esqueceu, por melhor que sejam os banquetes desfrutados mundo afora, do cheiro da merenda do Grupo Escolar Xavier Júnior, onde as merendeiras faziam um angu maravilhoso e cheiroso com o fubá da Aliança para o Progresso.

Como se esquecer das badaladas do sino do matriz, que ouviu por muitas ocasiões quando morou no Paraverum, no caminho da Chã do Lindolfo, que hoje já é bairro de Bananeiras, e das dificuldades em sintonizar, dado o relevo local, na televisão Telefunkem de Sr. Vicente e Dona Aparecida os sinais da TVs Jornal do Comercio e Rádio Clube do Recife?

Sem contar nos televizinhos, que não possuíam televisão e faziam das janelas do terraço algo semelhante a uma arquibancada em estádio de futebol Os televizinhos, que concorriam no Ibope com a Sr. Nicolau e Dona Ivete Lucena, que também tinham televisão e três ou quatro janelões que para fora davam de cara com a rua; para dentro de casa, dava pra ver tudo na sala grande de estar e jantar dos moradores. Funcionava quase como camarote.

Como se esquecer dos times de futebol e de vôlei do Colégio das Freiras? Do Peñarol da cidade, fundado por Rubens, detentor do time e dono da bola? Como se esquecer das radionovelas veiculadas na Rádio-Difusora de Bananeiras, de Chico da Rádio? Como se esquecer das aulas do Professor Edgard no Colégio Estadual de Bananeiras?

São muitas histórias e também estórias, como a de Seu Jejé, um pequeno agricultor da terrinha que cultivava uma plantação de banana com poderes sobrenaturais. Esse fruto e seu doce foram caso de estudo até por parte da UFPB, dirigida à época pelo professor Alírio Trindade, que contava com o apoio do Prof. Genival Azeredo no CAVN.

Nessa estória, o produto e seu resultado chamaram tanta atenção que levou a nossa prefeita Marta Ramalho a patentear em nome da municipalidade todo e qualquer produto derivado da banana do sítio de Seu Jejé. Como disse Rubens em seus escritos, o fato é que a história da banana Afrodite de Bananeiras espalhou-se pelas galáxias e atiçou também a cobiça da indústria farmacêutica.

Rubens ouviu muitas histórias e também estórias dos brabos de Bananeiras, que não necessariamente eram violentos, bichos brutos que saiam por aí ameaçando ou espancando pessoas. Os nossos brabos, nas palavras do homenageado, eram, antes de tudo, homens de bem, sempre dispostos a enfrentar qualquer parada. Principalmente em defesa do bem estar, integridade física e patrimônio de familiares e amigos. Lembra bem de Seu Tiso, dos irmãos Cirne (Zé, Chico e Pedro), Rubão Wanderley e Zezinho de Natália.

Enfim, Rubens Nóbrega viveu e vive essa terra, que hoje faz justiça e entrega-lhe, através de seus representantes, a cidadania. Esse antigo e novo bananeirense sempre divulgou a nossa cidade de forma vibrante, emocionante, que leva o leitor a querer conhecer esse pequeno pedaço do paraíso, tão bem e excelentemente retratado.

Hoje lhe agradecemos em forma de título, por ter transformado seu amor por Bananeiras em paisagens e passagens de seus escritos e ter divulgado essa terra Brasil afora.

Muito obrigado! Parabéns! Receba as nossas saudações bananeirenses!

É BOM ESCLARECER
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5 Respostas para Bananeirense de fato e de direito

  1. Maria Isabel Oliveira da Silva escreveu:

    Merecida homenagem você adotou Bananeiras…e hoje recebe esse acolhimento. Saudades de nossos vizinhos queridos…Robinho, Rubinho é o Gordo…Minha colega de colégio Rosane e a caçula Rejane. Prof. Vicente e d. Aparecida.

  2. Aderson Machado de Oliveira escreveu:

    Parabéns, Rubens, por mui merecida homenagem. Eu tive o prazer de ter passado por experiência semelhante, ao receber, em 1998, o título de Cidadão Honorário de Floresta/PE, cidade na qual morei e trabalhei durante mais de 37 anos. Quanto a Bananeiras, tive o prazer de estudar, durante cinco anos, no CAVN, onde fui aluno de seu pai, o ínclito Professor Vicente da Nóbrega.
    Um grande abraço!

    • Rubens Nobrega escreveu:

      Em nome do estimado Aderson Machado de Oliveira, agradeço a todos os demais pelas felicitações por esta cidadania honorária que recebi com muita honra e alegria.

  3. Newton Mota escreveu:

    Parabéns Rubão ! Um fraternal abraço.

  4. Geraldo Veras escreveu:

    Parabéns, Rubens, pela merecida cidadania, esse título veio ratificar de direito o que você já era fato: filho de Bananeiras.
    Abraço forte.
    Geraldo Veras