Transposição ainda em teste. Eixo Leste não foi concluído

Francisco Sarmento na CBN João Pessoa (Foto: CBN-JP)

Em entrevista à CBN João Pessoa na quinta-feira (13), o Doutor em Recursos Hídricos e Professor da UFPB Francisco Sarmento revelou que a Transposição do Rio São Francisco ainda está em teste ou “pré-operação” e lembrou que de acordo com previsão da própria Agência Estadual de Gestão das Águas (Aesa) todo o Eixo Leste da obra somente será finalizado completamente em janeiro de 2018.

Sarmento acredita que o prazo estipulado é razoável, já que algumas obras essenciais para garantir a qualidade e a segurança da água da Transposição ainda não foram iniciadas. Segundo ele, ainda não existem estruturas básicas que deveriam integrar o projeto, como proteção lateral e sistema de controle dos canais. Falta também testar as barragens de compõem o sistema.

“Houve uma preocupação do Ministério da Integração em fazer chegar a água sem se preocupar com os outros serviços que também são importantes”, disse. “Os canais são abertos rasgando a terra por isso o sistema de drenagem é imprescindível. Para que não caiam detritos nas águas deve haver valas nas laterais da estrutura para garantir a qualidade do serviço, mas não é o que vemos”, acrescentou.

Ainda sobre a chegada as águas da Transposição à bacia de Boqueirão, na quinta-feira, Sarmento recomendou somente estimar um provável fim do racionamento em Campina Grande e outras 17 cidades quando o volume enviado pelo Eixo Leste realmente encontrar o espelho d’agua no lago do açude Epitácio Pessoa.

“A Cagepa tem enfatizado que, caso as águas cheguem ao açude em 5 mil litros por segundo, o racionamento acabará em aproximadamente dois meses; por outro lado, se a vazão for metade desse volume desejado o racionamento deve acabar só após seis meses. Não é prudente precisar nada agora. Precisamos aguardar a chegada até o lago do açude e realizar os cálculos a partir dos dados coletados”, avaliou.

  • Colaboração de Geri Júnior
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8 Respostas para Transposição ainda em teste. Eixo Leste não foi concluído

  1. Arael M. da Costa escreveu:

    É interessante como são as coisas neste nosso Brasil, véio de guerra.
    Há mais de 50 anos (ainda era estudante universitário), visitei, em companhia de outros colegas, ainda hoje vivos – graças a Deus, o sistema de irrigação chamado “Projeto do Rio Salgado”, no Arizona (EUA).
    Já naquele tempo, tudo o que se fala agora como modernização do Projeto do São Francisco já existia e funcionava muito bem.
    Canal principal captando aa águas acumuladas na Represa Roosevelt (uma das maiores e mais antigas represas norte-americanas) e canais de derivação em toda a extensão do território do Estado do Arizona. cobrindo e fertilizando vasta área desértica, tão ou mais árida que nosso sertão, mas já naquela época eficazmente produtiva.
    Estas comparações, infelizmente, me levam a pensar que resultados razoáveis, por aqui, só dentro de mais 50 anos.
    Talvez..

  2. Alfredo Diniz escreveu:

    Quando o Helder Barbalho esteve aqui, na ultima quinta-feira, a água tinha passado de São Domingos do Cariri. Como é que não chegou ainda pra aumentar o nível do açude que tá hoje com menos de 2,9%. Isso mostra que aquele professor é quem tinha razão, e é que a Aesa fica dizendo que a vazão aumentou…Não sabem nada mesmo….

  3. Hélio Viana Brandão escreveu:

    Pessoal tava olhando agora mesmo o site da Aesa e o volume de Boqueirão caiu abaixo de 3%, tava com 2,9 % ontem. Isso significa que a água que a AESA apoteoticamente anunciou está na área de Boqueirão, onde o lago fica em condições normais, sequer fez cócegas no açude. E agora João Fernandes????

  4. Fernando Carvalho escreveu:

    Edvaldo, a TV Cabo Branco mostrou com imagens de Drone que o que mais tem no leito do rio é cerca, cacimbão, buraco pra captação de água e toda sorte de obstáculo que retarda o caminho da água. Contra imagens não há argumentos. Nem a Aesa nem o resto do Governo do Estado fez sequer o dever de limpar o rio. Sem falar no esgoto de mais de 50 cidades que continua sendo jogado em natura no rio Paraíba, poluindo as poucas águas que chegam pelo eixo Leste. Que são Pedro mande chuva pro Cariri, pra ver se essa sujeira toda é diluída, pelo menos temporariamente… Ô povo incompetente!!!!!!!!!.

  5. Edvaldo Laurentino escreveu:

    Minha pergunta é: O matagal e os barrancos de areia acumulados no rio e no açude não vão interferir no tempo de capacitação d`água?

  6. Cassio Vasconcelos escreveu:

    Eu ouvi o João Fernandes da Aesa dizer isso mesmo na Radio Tabajara. Que a obra do Eixo Leste só fica pronta em janeiro de 2018 e que a vazão transposta embora aumentada depois,só vai tirar Campina do Racionamento daqui a três meses. Isso se a vazão – que eles não sabem de quanto entra nem quanto chega em Boqueirão for de 5 mil litros por segundo. Deus salve a PB desse gestores….

  7. João Marcelo Siqueira escreveu:

    Esses caras ds Cageps não tem informação e tao mais perdidos que a Aess. Dizem eles que o fim do racionamento depende de quanto está entrantdo de água em Bowueirão. Isso é ums confissão de que não sabem nem quanto o Eixo Leste, em fase de testes, está. Jogando na Paraíba. Enquanto isso o Ministro e os senadores da PB se atolam na lama do rio Paraíba e, alguns, tb na Lava Jato.

  8. Caio Abreu escreveu:

    Isso meu Professor!! Ouvi a entrevista na CBN e fica claro que ele tinha razão desde o começo quando denunciou aquele teatro do dia 10 de março inaugurando uma obra que não terminou ainda. Depois vem a mesma Aesa que criticou o professor dizer a mesma coisa. O professor tinha desafiado que a acabassem o racionamento imediatamente, já que estava tudo bem. Agora, a TV Cabo Branco mostrou, vem a CAGEPA e diz que, se chegar 5 mil litros por segundo em Boqueirão, o racionamento acaba em 3 MESES. Vejam amigos que a CAGEPA diz “se chegar 5 mil litros/segundo”, imagina se fossem só os 300 L/s que o professor denunciou….