Queda no consumo de energia elétrica mostra estagnação industrial na Paraíba

(Foto: Ilustração/Paraíba Total)

Ao anunciar ontem (30) que vai investir este ano R$ 136,9 milhões no Estado, a Energisa informou também um dado que referencia o quanto a economia da Paraíba encolheu e estagnou em 2016. Trata-se da redução de 14,6% no consumo de energia elétrica pela indústria.

Embora represente 19,5% do mercado consumidor atendido pela Energisa na Paraíba, o consumo industrial de energia elétrica é indicador consistente do desempenho econômico de um estado como um todo. Além de balizar o desempenho de produção do setor, tem contatos imediatos de primeiro grau com o mercado de trabalho e o consumo.

No último trimestre do ano passado, mesmo apresentando a menor queda na taxa de desemprego do Nordeste no último trimestre de 2016, a Paraíba cravou 11,9% na média de desocupados entre outubro e dezembro. Equivale, em números absolutos, a 200 mil pessoas fora do mercado de trabalho.

Esses números são reveladores da paralisia industrial da Paraíba em 2016, quando praticamente não houve início de operação de novas fábricas que gerassem empregos em quantidade significativa. Em razão da crise, até mesmo as cimenteiras adiaram investimentos em novas unidades no período em território paraibano.

Das quatro novas fábricas que deveriam ampliar o Polo Cimenteiro do Sul em municípios do Litoral Sul, apenas duas foram montadas e começaram a produzir. Mas antes de 2016. Uma em Alhandra (Elizabeth), em 2014; a outra, em Pitimbu (Ricardo Brennand), em 2015. Uma da Votorantim, prometida para Caaporã, não vingou, assim como outra de InterCiment, que seria instalada no Conde.

Residencial

Ainda de acordo com a divulgação da Energia nessa quinta-feira, o consumo de energia elétrica na Paraíba ao longo do ano passado foi de 4.729 GWh, redução de 3,3% em relação a 2015. A classe residencial, que representa 39,5% do mercado total da área de concessão, teve crescimento de apenas 2,5% no consumo.

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