Reitor da UEPB prevê o caos se houver novo corte no orçamento

Rangel Júnior com deputados e pró-reitores (Foto: Ascom/UEPB)

“Se nós tivermos menos do que já temos aí chegaremos a um caos administrativo e acadêmico e ninguém quer isso. Ninguém quer que a Universidade quebre”, disse ontem (27) o reitor Rangel Júnior, em Campina Grande, ao receber à tarde comitiva de deputados aos quais mostrou pressupostos e consequências da crise orçamentária e financeira que ameaça o funcionamento da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Rangel reuniu-se em seu gabinete com os deputados estaduais Tovar Correia Lima, Camila Toscano, Bruno Cunha Lima, Guilherme Almeida, Renato Gadelha, todos de oposição. A UEPB destacou em nota à imprensa, contudo, que “o encontro foi proposto pelos próprios parlamentares, que vieram se aprofundar nos números referentes ao recebimento do duodécimo e suas aplicações para o cumprimento das obrigações da Universidade”.

Também participaram da reunião o vice-reitor da UEPB, professor Flávio Romero; a pró-reitora de Gestão Financeira, Giovana Carneiro; o pró-reitor de Planejamento, Luciano Albino; a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Célia Regina; e o pró-reitor de Graduação, Eli Brandão.

“Muitas pessoas ainda dizem que a realidade da UEPB não é essa que está sendo dita. A gente não tem certeza se isso é pela falta de informação ou se é falta de vontade de ir atrás da informação precisa, porque tudo o que divulgamos está no Portal da Transparência da Universidade. Entretanto, tivemos a felicidade de apresentar todo o detalhamento das dificuldades que estamos enfrentando e o que nós esperamos é que isso possa dar visibilidade e que, naturalmente, cada um na sua posição política possa também contribuir para ampliar esse debate e a gente possa encontrar as soluções”, disse o reitor.

A crise por que passa a UEPB é atribuída ao fato de a instituição enfrentar, desde 2011, primeiro ano do atual governo do Estado, um processo de redução de recursos. Segundo dados levantados pela própria Associação dos Docentes, a Aduepb, mesmo aumentando o valor real do orçamento, em valores percentuais o montante de dinheiro destinado à Universidade vem diminuindo ao longo dos últimos seis anos.

Para este ano, a Assembleia Legislativa aprovou um orçamento de R$ 317 milhões para a UEPB, apenas R$ 10 milhões a mais do que o executado em 2016 (R$ 307 milhões). Mas no Quadro Demonstrativo de Despesa (QDD) do Orçamento do Estado para 2017, o Governo do Estado baixou para R$ 290,6 milhões a verba para a Universidade, o que representa um corte de R$ 27 milhões. A redução obriga a administração universitária a promover o adiamento do semestre letivo de pelo menos 2 mil novos alunos e a demissão de 120 professores substitutos.

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