Aesa: torneira enganchou e causou esvaziamento total de barragem em Monteiro

Mortandade de peixe na barragem de São José: oposição vê crime ambiental (Foto: Cariri Ligado)

Presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), o ex-deputado João Fernandes defendeu hoje (7) as providências tomadas pelo órgão que dirige, em conjunto com a Cagepa, para esvaziar parte da barragem São José, em Monteiro. O esvaziamento foi completo, no entanto, causando a morte de milhares de peixes e acusações de setores de oposição que responsabilizam o governo por desastre ambiental.

Segundo João Fernandes, o esvaziamento total não estava nos planos, mas resultou de um problema mecânico em uma das torneiras que enganchou. Com isso, todo o volume de água da barragem esvaiu-se. Em consequência, além da mortandade de peixes, agricultores residentes no entorno do açude ficaram sem ter como matar a sede dos seus animais de criação.

O presidente da Aesa ressalta, contudo, que não houve prejuízos para o consumo humano porque aquela barragem, a primeira da Paraíba que receberá as águas da Transposição do Rio São Francisco, há mais de 20 anos não abastece a população de Monteiro.

“A água só era usada para irrigar capim e fruticultura. Nunca foi dada uma descarga de fundo e era preciso fazer isso porque as águas da Transposição vão ter que passar por essa barragem. A ideia era dar uma rebaixada no volume para receber a água do São Francisco, mas quando a Cagepa abriu a primeira torneira, enganchou”, explicou João Fernandes.

Ele informou ainda que houve descarga de água velha e que a barragem só estava servindo a “meia dúzia” de propriedades rurais da área. “A gente precisava providenciar uma vazão ecológica, para manter vivo o sistema a jusante”, disse, mencionando também que a barragem tem capacidade para um milhão de metros cúbicos e está bastante assoreada na montante.

O assoreamento, no entendimento do presidente da Aesa, decorre do uso da São José como “caixa de esgotos”. Daí ter sido adotada a decisão de promover o esvaziamento, mas de forma parcial e necessário para limpar o manancial, de modo a assegurar que a mistura à água do São Francisco ajudaria a diluir os elementos poluidores.

João Fernandes desmentiu, por fim, que o Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra as Secas) tenha recomendado à Cagepa não esvaziar a barragem São José antes da chegada da água da Transposição. “O Dnocs não tem nada nem teve a ver com a nossa decisão, que foi uma ação de governo planejada para favorecer a passagem das águas do São Francisco”, arrematou.

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  1. a Paraíba com água e rica