Desmatamento na Beira-Rio: professora pede direito de resposta e reafirma que houve crime

“Desmatar mata ciliar é crime ambiental”, escreveu ontem (21) a Professora Lígia Tavares, referindo-se à denúncia que fez – e a Polícia do Estado começou a investigar – sobre desmatamento promovido pela Prefeitura de João Pessoa na margem do Rio Jaguaribe, próximo à nova ponte da Avenida Beira-Rio.

Lígia mencionou a destruição de mata ciliar em mensagem ao blog na qual pede direito de resposta à matéria sobre inquérito policial que vai apurar se houve crime ambiental na área. Queixa-se de ter sido publicada aqui, sem sua autorização, manifestação sobre o problema que postou em rede social, mas em “grupo fechado”. E rebate Abelardo Jurema Neto, secretário municipal de Meio Ambiente, que disse tê-la convidado diversas vezes a comparecer à Secretaria para debater questões ambientais da cidade, mas ela jamais atendeu aos convites porque preferiria “os holofotes da mídia”.

O que diz Lígia Tavares

A matéria cita meu nome e cria polêmica e peço direito à resposta. Cita que quero holofote, mas o comentário que fiz foi em um grupo fechado. Já escrevi no grupo que não achei legal repassar o que comentei sem permissão.

Quanto à denúncia, fiz apenas o meu papel de moradora. Além do mais, nunca fui convidada para ir à Semam dialogar. Tenho comparecido em fóruns públicos, como parte do meu trabalho de professora extensionista da UFPB, debater e informar temas de minha especialidade.

Desmatar mata ciliar é crime ambiental. E o poder público deve proteger o patrimônio ambiental e a qualidade de vida. Por isso pagamos impostos. É o que tenho a declarar.

Um esclarecimento

O blog reproduziu o comentário de Lígia Tavares porque lhe foi compartilhado por fonte digna de crédito, sob o pressuposto de que era aberto ao público por abordar, justamente, questão de interesse público. Tanto que se desdobrou em inquérito policial instaurado a pedido da própria professora.

Provoque ou não polêmica, é dever de um serviço como este levar a público temas dessa natureza. Ainda mais quando fundamentado em denúncia pública, como a que a Professora Lígia produziu ao demandar a Polícia Estado para investigar o que tem como crime ambiental praticado pela Prefeitura de João Pessoa.

É BOM ESCLARECER
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3 Respostas para Desmatamento na Beira-Rio: professora pede direito de resposta e reafirma que houve crime

  1. Daniel Quirino escreveu:

    Bom dia, ao meu ver a ação da professora é valida, mas no momento errado. Poderia esperar o encerramento total da obra e sim realizar a sua ação.
    Pois como podemos ver ao passar no local ainda falta parte do acabamento.

    • Ligia escreveu:

      A retirada da mata ciliar não tem nada a ver com a obra. Foi realizada após a obra feita. Portanto a denúncia foi feita no tempo em que o crime ocorreu. Além disso aterraram às margens do rio, ou seja, modificaram o solo sem estudos prévios o que retardará em muito a recuperação
      Florestal. Se for feita. Como aterraram as margens deve haver outro objetivo para o local. E a sociedade não teve acesso ao projeto para a área.

  2. Jose Carlos de Almeida Moura escreveu:

    É o mesmo crime praticado pelo poder público, dentre eles o das Três Lagoas…. Evaporou……etc, etc, etc…..