Funasa prepara Monteiro para transposição, mas procurador atribui obra à Cagepa

Esgotamento do canal pluvial de Monteiro seria o ponto crítico da obra de esgotamento (Foto: Ernane Gomes/MPPB)

A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) anunciou ontem (8) que vai garantir 98% de saneamento básico de Monteiro e, com isso, afastar o risco de poluição por esgotos das águas do São Francisco que vão entrar na Paraíba pelo Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco a partir de março.

A Funasa informou na tarde dessa terça-feira que assinou Ordem de Serviço para o início da 3ª etapa das obras de esgotamento sanitário do município do Cariri paraibano. “Os representantes da Fundação se reuniram com a prefeitura de Monteiro na Paraíba e visitaram o canteiro de obras da transposição das águas do Rio São Francisco e as obras da 2ª Etapa do Sistema de Esgotamento Sanitário de Monteiro, especialmente, as instalações da Nova Estação de Tratamento de Esgoto daquela cidade”, diz nota distribuída pela Coordenadoria de Comunicação da entidade.

O superintendente estadual da Funasa da Paraíba, Jackson de Araújo, assistiu a um teste das bombas da Estação Elevatória Final e constatou a possibilidade de funcionamento em regime de pré-operação da nova estação de tratamento. “A oportunidade é fundamental para a solução do esgotamento sanitário do Município e cumprimento de exigências para o recebimento das águas da transposição”, disse, lembrando que as obras referentes as segunda e terceira etapas do Sistema de Esgotamento Sanitário da cidade de Monteiro são custeada por recursos orçamentários do órgão que dirige no Estado.

De acordo com o diretor do Departamento de Engenharia de Saúde Pública da Funasa, Leonardo Tavares, com a conclusão das obras, o município de Monteiro atingirá 98% de cobertura de sua rede de esgotamento sanitário. “O início da terceira etapa é uma obra de ampliação da rede coletora de esgoto, onde 98% da cidade será atendida com esgoto tratado. O valor desta obra está em aproximadamente R$ 4 milhões, e vai além de tudo gerar emprego e renda para a cidade e fará de Monteiro uma referência em saneamento básico não só na Paraíba como no Nordeste”, destacou.

Sagres: Cagepa sozinha

Uma comitiva formada por membros do Ministério Público da Paraíba, da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) e do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) também visitou ontem as obras complementares da transposição em Monteiro e Camalaú.

Ao final da visita, o procurador de Justiça Francisco Sagres assegurou que as obras estarão prontas quando as águas da transposição chegarem. A previsão é de que a chegada da água ocorra no dia 6 de março. Ele e os outros visitantes vistoriaram também as obras de esgotamento sanitário de Monteiro.

Sagres disse ter conferido que as bacias de tratamento da água e as estações de tratamento e as elevatórias foram feitas, mas manifestou preocupação quanto ao esgotamento esgotamento que margeia o canal pluvial de Monteiro. E informou que a Cagepa tem realizado sozinha o esgotamento, mas os moradores locais não estão fazendo sua parte de retirar as ligações clandestinas na rede pluvial.

“Eles foram notificados para, dentro de 30 dias, fazerem as ligações de esgoto, mas não deram menor satisfação”, observou o procurador, que encontrou diversas ligações clandestinas ainda despejando esgoto no canal pluvial, de acordo com nota da Assessoria de Comunicação do MPPB.

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