Beira-Rio, a avenida dos puxadinhos e puxadões

(Fotos: Cândido Nóbrega)

Os puxadinhos são extensões na maioria feitas ilegalmente em casas e botecos para utilizar espaços como mais um ambiente. Na avenida José Américo de Almeida (Beira-Rio), uma das mais importantes de João Pessoa, agora proliferam também os puxadões.

As expansões estão à vista de todos na verticalização das invasões de áreas públicas que privam pedestres de calçadas e quase chegam às pistas de rolamento. No trecho compreendido entre a Granja Santana e a TV Master, por exemplo, prédios de até três andares evidenciam que a alegada falta de moradia deu lugar à especulação imobiliária.

Através de improvisadas construções, algumas já em fase de acabamento, coladas a uma barreira e executadas à margem das mais elementares exigências técnicas e legais, como recuo e cálculo estrutural, os construtores dos puxadinhos e puxadões põem em risco a vida de pessoas.

Risco de acidentes com vítimas fatais, aliás, já não é novidade, diante do intenso fluxo de veículos e das casas e pontos comerciais construídos sobre as calçadas, em cujo local os totens eletrônicos que indicam o limite de velocidade pouco ou nada representam.

Tudo isso, porém, parece invisível à Prefeitura Municipal de João Pessoa, responsável pelo cumprimento do Código de Obras, Posturas e Urbanismo, sobretudo no tocante à concessão de alvará de licença para construção e embargo.

  • Cândido Nóbrega
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Uma resposta para Beira-Rio, a avenida dos puxadinhos e puxadões

  1. Delano Vieira escreveu:

    Esta é uma verdade que pode ser vista por várias localidades da nossa cidade. A falta de fiscalização e/ou de profissionais por parte de órgãos competentes, como por exemplo, de gestão do meio ambiente e ordenamento da cidade, geram essa política de invasão e impunidade, levando os invasores à agredirem as leis vigentes, normas técnicas e de segurança, ao mesmo tempo que neste caso em específico,  desmatam uma vegetação nativa e de extrema importância para a conservação do Rio Jaguaribe.
    Esses órgãos públicos, além de não exercerem a fiscalização,
    permitem que essas invasões se consolidem, como aconteceu na comunidade São Rafael, onde após a invasão, serviços como energia, calçamento e praça foram executados,  firmando o que ora era invasão, em uma área legal.
    Infelizmente aconteceu, acontece e continuará acontecendo, enquanto o respeito à lei e a ordem não forem cumpridos por todos.