Tirando Jeová, resto dos políticos ‘tá nem aí’ para fechamentos do BB na Paraíba

Da tribuna, Jeová critica duramente o 'desmonte' do BB (Foto: Assessoria)

Da tribuna, Jeová critica duramente o ‘desmonte’ do BB (Foto: Assessoria)

Começando pelo governador, expoente mais destacado da chamada classe política paraibana, estendendo-se à representação parlamentar do Estado, com a notória e notável exceção do deputado estadual Jeová Campos (PSB), o resto da ‘categoria’ parece satisfeita ou indiferente à decisão do Banco do Brasil de fechar seis agências na Paraíba e transformar outras 11 em postos de atendimento.

Sobre o anúncio da chamada ‘reestruturação do BB’ não se ouviu um pio sequer dos demais parlamentares estaduais e federais paraibanos, neles incluídos os três senadores que deveriam representar os interesses do Estado e os 12 deputados que batem ponto na Câmara em Brasília e deveriam defender as causas mais legítimas da população.

A foto mostra a atenção que outros deputados dão ao tema

A foto mostra a atenção que outros deputados dão ao tema

Causas como ter direito a uma assistência bancária presencial, a serviços bancários preferencialmente prestados por um banco público, onde as taxas de juros e tarifas administrativas cobradas aos clientes são, em tese, menos escorchantes. Coisa de que não já não dispunham os cidadãos moradores de Serraria, Cabaceiras, Mogeiro, Fagundes, Serra Branca e Aroeira.

Se essas seis forem as mesmas seis já definidas pela política governamental de encolhimento dos bancos estatais, o prejuízo da desbancarização no interior da Paraíba será menor, mas não menos importante. Agora, se essas que foram fechadas pela violência dos arrombadores e explodidores de banco não entrarem na contabilidade do fechamento, aí o prejuízo será, além de maior, extraordinariamente mais significativo. Afinal, serão 12 e não apenas meia dúzia “de três ou quatro” o número de agências encerradas, como se diz no jargão bancário.

Pelo menos um diz alguma coisa

“O fechamento de agências do Banco do Brasil em todo o país, inclusive na Paraíba, o estimulo ao programa de demissão voluntária nada mais é que uma estratégia para enfraquecer a instituição financeira a fim de promover sua privatização”, declarou o deputado Jeová Campos na manhã desta terça-feira (22) da tribuna da Assembleia, conforme nota distribuída à imprensa por sua diligente Assessoria de Comunicação.

“Os integrantes deste governo, que tem um claro compromisso com o empresariado e banqueiros, anunciaram essa reestruturação que vai fechar 470 agências no país, desempregar funcionários, precarizar serviços e reduzir o acesso dos brasileiros ao crédito, com vistas à privatização do BB, que é um patrimônio nacional e que, infelizmente, caminha para a privatização que beneficiará os banqueiros e prejudicará os clientes”, emendou o deputado.

Em reforço à sua tese e palavras, Jeová citou dados do Sindicato dos Bancários de São Paulo que mostram o seguinte: entre 2008 e 2016, os bancos públicos aumentaram o crédito de 38% para 57%, enquanto os bancos privados tiveram redução de 5% nos últimos dois anos. “Atualmente, o Banco do Brasil é responsável por 61% do crédito agrícola e com essas mudanças propostas agora, como ficará o acesso a esse crédito?”, questiona, observando ainda que o BB e a Caixa Econômica Federal, juntos, respondem por mais de 60% do financiamento de imóveis no país.

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