Quintans: Sarmento acusou Cássio de abandonar adutora inexistente

Francisco Quintans, ex-secretário estadual de Infraestrutura (Foto: Portal do Curimataú)

O ex-deputado Francisco Quintans (Foto: Portal do Curimataú)

“Como abandonar um projeto inexistente?”. O questionamento é do ex-deputado Francisco de Assis Quintans, que foi secretário de Infraestrutura do Estado, em resposta à afirmação de Francisco Jácome Sarmento, ex-secretário de Recursos Hídricos da Paraíba, de que o governo de Cássio Cunha Lima (2003-2009) teria abandonado a obra de uma adutora de Acauã para abastecer o município de Campina Grande.

Quintans lamentou que “falas absolutamente descontextualizadas” fossem feitas num momento em que o Estado enfrenta uma das maiores crises hídricas da nossa história. “Contextualizando”, disse o ex-deputado, “teremos que lembrar a época em questão, mas precisamente no ano de 2003 quando o atual senador Cássio Cunha Lima assume o mandato de governador da Paraíba, no mesmo dia em que o presidente Lula tomava posse em Brasília”.

“Pois bem”, prossegue Quintans, “em janeiro de 2003, o reservatório Epitácio Pessoa (Boqueirão) estava com mais de 35% do seu volume e já em fevereiro de 2004 estava sangrando e ficou com acúmulo de água sempre superior a 50% em todo o período do governo, chegando a sangrar em outras duas oportunidades, inclusive, no dia em que Cássio saiu do governo o manancial estava com cerca de 90% da sua capacidade”.

O ex-secretário lembrou ainda que “governar é planejar e no caso da questão hídrica é fundamental, mas esse planejamento não poderia ser dissociado do Governo Federal e que, como é de domínio público, o presidente Lula anunciava ainda em 2003 a sua disposição em dar inicio às obras de transposição do São Francisco e que o seu Eixo Leste resolveria definitivamente a questão do abastecimento de água do compartimento da Borborema”.

Quintans acrescentou outras duas questões. “Se a principal obra hídrica do Nordeste iria ser iniciada, inclusive com data de inauguração projetada já para 2006, como o Estado da Paraíba, com recursos escassos, iria elaborar esse projeto para depois não precisar executar? Por que não aproveitar o reservatório de Acauã para, além do controle de vazão do Médio Paraíba, pensar num grande projeto de irrigação, pois, como sabemos, as águas do Rio São Francisco também beneficiarão aquela barragem?’.

O ex-deputado observou ainda que o Governo da Paraíba elaborou o projeto das Vertentes Litorâneas, em execução, também conhecido como Canal Acauã-Araçagi, que beneficiará cerca de 600 mil pessoas na Paraíba, passando por 11 cidades e que levará água para consumo humano, de uso industrial e para projetos de irrigação a 38 municípios paraibanos. “Vale lembrar que tal projeto, além de ter sido elaborado e licitado na gestão de Cássio Cunha Lima, teve os recursos garantidos no orçamento federal”, acentuou.

Concluindo, Quintans lembrou que o senador Cássio Cunha Lima tem sido uma voz destacada pela conclusão das obras da transposição, inclusive cobrando também a construção do Eixo Norte que através de um ramal beneficiará a região do Vale do Piancó e por conseguinte o sistema Coremas-Mãe D’água que, “não podemos esquecer, pois também se encontra em situação crítica”.

(Texto encaminhado pela Assessoria de Imprensa do senador Cássio Cunha Lima em resposta às declarações do Professor Francisco Sarmento publicadas neste blog na sexta-feira, 9)

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Uma resposta para Quintans: Sarmento acusou Cássio de abandonar adutora inexistente

  1. Antonio Carlos Ferreira de Melo escreveu:

    Criticar é fácil, difícil é fazer. Sarmento que era o papa das aguas no governo Maranhão, nada fez e ainda foi acusado à época, de ações não muito republicanas