Rebeca: padrasto preso cinco anos após o crime

marcus leite

Cinco anos após o assassinato da estudante Rebeca Cristina, a Justiça decretou a prisão temporária do principal suspeito do crime, o padrasto da vítima, o cabo da Polícia Militar Edvaldo Soares. A decisão foi anunciada na manhã desta sexta-feira (22) pelo promotor Marcus Leite (foto), do 1º Tribunal do Júri de João Pessoa.

Desde o ano passado a Polícia Civil suspeitava que o cabo Edvaldo não teria agido sozinho, mas seria o responsável pela morte da enteada. Em 2015, contudo, o Ministério Público não apoiou o pedido de prisão do militar solicitado pelo delegado que conduzia a investigação. O entendimento do MPPB mudou quando o promotor Marcus Leite assumiu o caso, em 1º de março deste ano.

“Identificamos que o padrasto vinha obscurecendo as investigações, eis que, sendo um dos principais suspeitos já deveria ter fornecido outros elementos para a elucidação do crime e até mesmo apontar a participação de terceira pessoa. Acreditamos que ele não cometeu os crimes sozinho, mas, se autor intelectual ou material, ele foi auxiliado. E isso é motivo, segundo a lei, para decretação de prisão temporária”, disse.

O promotor afirmou também que “há várias contradições, como álibis do padrasto que não se confirmaram, aliado ao seu perfil voltado para crimes de natureza sexual, fundamentando ainda mais o decreto da prisão temporária, objetivando o aprimoramento das investigações”.

O inquérito sobre o Caso Rebeca passou por pelo menos cinco delegados, conforme declarações dadas pelo próprio secretário de Segurança Pública, Cláudio Lima, em entrevistas que abordavam o assunto.

Rebeca tinha 15 anos quando foi estuprada e morta. A adolescente tinha saído de casa para a escola quando foi raptada. O corpo dela foi encontrado com vários tiros e visíveis sinais de violência sexual em Jacarapé, área de praia e mata ao sul de João Pessoa, estigmatizada como local de ‘desova’ de vítimas de assassinato.

(por Valéria Sinésio)

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