Denúncia: um projeto de R$ 170 milhões praticamente paralisado

Devagar, quase parando. Assim estaria um projeto de 50 milhões de dólares (cerca de R$ 170 milhões no câmbio atual) que o Governo do Estado iniciou em 2013, com financiamento internacional, mas até hoje praticamente nada produziu de concreto em favor da população para o qual foi criado.

Mas foi em nome dessa população que a gestão estadual conseguiu captar uma montanha de dinheiro para executar o Procase – Projeto de Desenvolvimento do Cariri e Seridó Paraibano. Os financiadores do projeto são o Fida (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola) e o IICA (Instituto Internacional de Cooperação Agrícola).

“Apesar de ser um projeto de combate à pobreza rural, até o presente não se tem conhecimento de implementação de ações estruturantes que possam gerar renda e melhorar a qualidade de vida dos rurícolas (a não ser umas poucas barragens subterrâneas mal construídas, que já desmoronaram)”, relata técnico do meio agropecuário que resolveu denunciar ao blog e ao Ministério Público Federal (MPF) o que chama de ‘Escândalo do Procase’.

Segundo o denunciante, todas as atividades do projeto resumem-se a “inúmeras reuniões, encontros e capacitações” – todos de caráter “duvidoso”, destaca – para beneficiar exclusivamente membros de organizações não governamentais (ongs), de oscips (organizações da sociedade civil de interesse público) e do MST (Movimento dos Trabalhadores sem Terra).

Muitos beneficiários, garante o técnico, não têm a mínima condição, muito menos qualificação, para participar de qualquer das capacitações oferecidas pelo Procase.

Ele responsabiliza pelas pretensas irregularidades a Secretaria Estadual do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), principal executora do projeto. Mas centra fogo na atuação do coordenador do Procase, Hélio Silva, a quem dirige acusações diversas para as quais o blog solicitou manifestação do acusado desde a manhã desta terça-feira (21).

O detalhamento do ‘Escândalo do Procase’ será publicado amanhã, de preferência com as respostas solicitadas ao coordenador do projeto para cada ponto abordado pelo denunciante.

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